O cinema sempre teve o poder de reunir pessoas, despertar emoções e criar memórias inesquecíveis. E é com essa energia vibrante que o Cine Verão se prepara para mais uma edição! Fruto da paixão de Nathalia e da assinatura criativa da Pinote Produções, o festival já se consolidou como um importante ponto de encontro para quem faz e quem ama cinema. Em janeiro de 2025, o Cine Verão promete voltar com força total, proporcionando um espaço de celebração, inclusão e muita troca cultural. As datas e o local exato serão divulgados em breve, mas uma coisa é certa: a próxima edição promete inspirar e conectar ainda mais.
Nesta entrevista, Nathalia Santana, idealizadora e diretora do projeto, nos conta sobre os desafios, a essência do festival e a importância desse evento para a comunidade e o cenário audiovisual local.
1. O Cine Verão nasceu da sua paixão pelo cinema e pela ideia de reunir pessoas em torno dessa arte. O que te inspirou a dar vida a esse projeto?
Nathalia: O Cine Verão surgiu de uma mistura de nostalgia, necessidade e paixão. Quando criança, eu tinha essa sensação mágica de que o cinema era uma sala sem limites, onde tudo cabia: amigos, pipoca, medo, emoção. Quando adulta e produtora, percebi que essa mesma magia poderia ser compartilhada com centenas de pessoas. A inspiração foi transformar minha sala de casa em um encontro público, democrático e cheio de histórias. Uma espécie de ritual coletivo, onde eu pudesse também imprimir a minha assinatura de produtora.
2. A Pinote Produções tem uma pegada muito criativa e autêntica. Como essa assinatura se manifesta no Cine Verão?
Nathalia: A Pinote é minha produtora, um espaço onde tenho autonomia de criação e realização. Então, venho conseguindo pontuar pautas e detalhes importantes em tudo que faço através dela. No Cine Verão, essa assinatura se traduz na atmosfera do festival. É como se cada detalhe — da identidade visual à curadoria dos filmes, das conversas ao ambiente — fosse pensado para acolher e surpreender. A gente gosta de provocar encontros, inspirar novas formas de olhar para o cinema e, principalmente, criar um espaço onde a criatividade e as conexões são a base de tudo.
3. Quais são os principais desafios de produzir um festival de cinema em Natal e como você os enfrenta?
Nathalia: Produzir um festival em Natal envolve desafios que vão desde a falta de apoio institucional e captação de recursos financeiros até questões de infraestrutura. Apesar dos obstáculos, sempre acreditei na importância de criar um espaço cultural acessível e pulsante na cidade, assim como em todos os projetos que desenvolvo. Enfrento esses desafios com parcerias criativas, resistência e muita paixão e fé na micropolítica. Projetos como o Goiamum Audiovisual, Urbanocine, Mostra de Cinema de Gostoso, Curta Caicó e tantos outros festivais de cinema do RN me inspiraram e me fazem acreditar que é possível. Sempre que olho para o lado, me reabasteço, porque sei que estamos todos tentando incansavelmente fazer algo impactante para as pessoas e para o lugar onde vivemos.
4. Por que você acredita que festivais como o Cine Verão são importantes para a comunidade e para a cena audiovisual?
Nathalia: Festivais como o Cine Verão são plataformas essenciais para a exibição e valorização de curtas-metragens e realizadores que atuam de maneira independente. Eles criam um ambiente de troca, reflexão e aprendizado. Além de promoverem a diversidade cultural, ajudam a formar público e a fortalecer o cenário audiovisual local. Acredito que o cinema é uma linguagem poderosa para contar histórias e provocar mudanças, e meu objetivo é oferecer esse ponto de encontro onde as pessoas possam se conectar e serem atravessadas por tantas narrativas.
5. O que o público pode esperar da próxima edição do Cine Verão?
Nathalia: Podem esperar um festival ainda mais inclusivo e vibrante, com uma seleção diversificada de curtas-metragens e atividades que promovem diálogos significativos. Quero que o Cine Verão continue sendo um espaço de celebração do cinema, onde todos são bem-vindos para assistir, discutir e se emocionar. Sempre com o espírito de compartilhar boas histórias e manter acesa essa chama de curiosidade e conexão que o cinema proporciona.
6. Você tem uma abordagem muito personalizada em relação à produção dos seus projetos autorais. Como você vê o papel da Pinote no cenário cultural atual e qual legado gostaria de deixar?
Nathalia: Vejo a mim mesma e, consequentemente, a Pinote como uma produtora inquieta, que está sempre buscando novas formas de fazer. No cenário atual, onde tudo é tão acelerado e padronizado, apostamos numa abordagem criativa e autêntica. Tenho um compromisso muito forte com a execução prática das coisas, mas não deixo de lado o pensamento e a reflexão sobre o impacto dos projetos que desenvolvo. Queremos ser uma faísca que incendeia ideias e conexões reais. Queremos mostrar que é possível desenvolver projetos culturais com dignidade, qualidade técnica e estética, e com um modo de trabalho respeitoso e arrojado. O legado que sonho deixar é o de uma produtora que ousou ser diferente, que abriu caminhos e fez as pessoas se sentirem parte de algo maior, com liberdade para criar e imaginar. Que a Pinote seja lembrada como um espaço de inspiração e movimento — sempre pronto para dar o próximo passo.
A 6ª edição do Cine Verão é uma realização da Pinote Produções, Fundação José Augusto, Secretaria Estadual da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Foto: Vitória Oliveira
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